domingo, janeiro 25, 2009
Freeport
A pulhice jornalística no fim de semana de 24 de Janeiro continuou em força com uma caluniosa campanha de ataque relativamente ao caso Freeport. O que aconteceu à preseunção de inocencia?
Além do mais, parece-me que o infelizmente agora célebre Eng. Charles Smith disse que Sócrates estava inocente. Sócrates nega alguma impropriedade. Mas os repórteres das várias TV claramente insinuam a culpabilidade de José Sócrates. Este vai ser o tom da campanha? Caluniosa, infame e baixa como foi a ultima?
Infelizmente não creio que esta seja a ultima vez que escrevo sobre este lamentável fait divers.
Além do mais, parece-me que o infelizmente agora célebre Eng. Charles Smith disse que Sócrates estava inocente. Sócrates nega alguma impropriedade. Mas os repórteres das várias TV claramente insinuam a culpabilidade de José Sócrates. Este vai ser o tom da campanha? Caluniosa, infame e baixa como foi a ultima?
Infelizmente não creio que esta seja a ultima vez que escrevo sobre este lamentável fait divers.
quinta-feira, janeiro 22, 2009
O Islão proibe o consumo de alcool
O Islão proibe o consumo de alcool. Talvez não fosse mal o Dr. Policarpo ter pensado nisso antes de ter proferido as suas opiniões sobre os casamentos entre cristãos e muçulmanos.
terça-feira, janeiro 20, 2009
A fim de semana, em abreviado
No passado fim de semana começou a campanha eleitoral de 2009, que incluí 3 idas às urnas: europeias, legislativas e autárquicas.
A campanha começou com 3 acções muito importantes: o Congresso Regional do PSD Açores que contou com a presença de Manuela Ferreira Leite, o XXIIIº Congresso do CDS/PP e a apresentação da moção politica que José Sócrates apresenta com a sua recandidatura ao cargo de Secretário Geral do Partido Socialista.
Do Congresso do PSD Açores pouco há a dizer data a completa e total irrelevância política deste partido quer na região que na cena política nacional. Irrelevância que, ao contrário do que se diz, não tem como única responsável a Dr.ª Manuela Leite. É verdade que a quase total ausência da senhora das questões politicas de actualidade só é ultrapassada pela sua capacidade para a gaffe, para não dizer a asneira. A suspensão da democracia por 6 meses é, à data, o melhor exemplo. Mas, a ajudar a Presidente a fazer má figura (e ela não precisa de ajuda) a completa falta de apoio que os barões do PSD mostram é igualmente demolidora. Até mesmo porque, mais do que qualquer outro partido político nacional, o PSD é um partido de barões.
O Congresso do CDS foi um passeio no parque para Portas. O partido, digamos a verdade, não existe. Ao contrário do PSD, nem sequer tem barões. Há uma meia dúzia de medíocres que só fazem figura de ser alguém porque não existe um partido decente de direita. Se calhar porque a direita portuguesa é igualmente inexistente. Existe em Portugal uma base sociológica conservadora que não é ideologicamente muito definida. E essa gente está no PSD. Por isso o CDS praticamente não existe e, logo, o seu líder não tem uma real oposição. O Congresso do CDS não trouxe nada de interessante, a miserável oposição interna não teve sequer direito a um tempo de antena decente uma vez que os repórteres televisivos preferiram deixar campo livre a Portas e ao anúncio que este apoiava a inenarrável Dr. Lopes para a CML. Se dúvidas sobrassem sobre o facto que Pedro Santana Lopes e Paulo Portas são os preferidos da comunicação social, a cobertura televisiva de dia 18 de Janeiro, esclarecia-as.
Quanto à moção de Sócrates, o discurso foi, inegavelmente, um discurso de Esquerda. As políticas apresentadas desde a redução da carga fiscal para a classe média sem afectar os altos rendimentos, até ao cumprimento de um imperativo constitucional da regionalização são inteligentes e apropriadas. A fundamentada crítica ao fundamentalismo capitalista que originou a actual crise foi inteligente e atempada. Infelizmente, como parte do ataque cerrado que os jornalistas fazem ao Primeiro Ministro e ao PS, a única coisa a que foi dado relevo foi ao casamento dos homossexuais. E isto porque os media sabem que o assunto não é pacífico e pode prejudicar o Primeiro Ministro. Não há limites para a pulhice dos jornalistas.
A campanha começou com 3 acções muito importantes: o Congresso Regional do PSD Açores que contou com a presença de Manuela Ferreira Leite, o XXIIIº Congresso do CDS/PP e a apresentação da moção politica que José Sócrates apresenta com a sua recandidatura ao cargo de Secretário Geral do Partido Socialista.
Do Congresso do PSD Açores pouco há a dizer data a completa e total irrelevância política deste partido quer na região que na cena política nacional. Irrelevância que, ao contrário do que se diz, não tem como única responsável a Dr.ª Manuela Leite. É verdade que a quase total ausência da senhora das questões politicas de actualidade só é ultrapassada pela sua capacidade para a gaffe, para não dizer a asneira. A suspensão da democracia por 6 meses é, à data, o melhor exemplo. Mas, a ajudar a Presidente a fazer má figura (e ela não precisa de ajuda) a completa falta de apoio que os barões do PSD mostram é igualmente demolidora. Até mesmo porque, mais do que qualquer outro partido político nacional, o PSD é um partido de barões.
O Congresso do CDS foi um passeio no parque para Portas. O partido, digamos a verdade, não existe. Ao contrário do PSD, nem sequer tem barões. Há uma meia dúzia de medíocres que só fazem figura de ser alguém porque não existe um partido decente de direita. Se calhar porque a direita portuguesa é igualmente inexistente. Existe em Portugal uma base sociológica conservadora que não é ideologicamente muito definida. E essa gente está no PSD. Por isso o CDS praticamente não existe e, logo, o seu líder não tem uma real oposição. O Congresso do CDS não trouxe nada de interessante, a miserável oposição interna não teve sequer direito a um tempo de antena decente uma vez que os repórteres televisivos preferiram deixar campo livre a Portas e ao anúncio que este apoiava a inenarrável Dr. Lopes para a CML. Se dúvidas sobrassem sobre o facto que Pedro Santana Lopes e Paulo Portas são os preferidos da comunicação social, a cobertura televisiva de dia 18 de Janeiro, esclarecia-as.
Quanto à moção de Sócrates, o discurso foi, inegavelmente, um discurso de Esquerda. As políticas apresentadas desde a redução da carga fiscal para a classe média sem afectar os altos rendimentos, até ao cumprimento de um imperativo constitucional da regionalização são inteligentes e apropriadas. A fundamentada crítica ao fundamentalismo capitalista que originou a actual crise foi inteligente e atempada. Infelizmente, como parte do ataque cerrado que os jornalistas fazem ao Primeiro Ministro e ao PS, a única coisa a que foi dado relevo foi ao casamento dos homossexuais. E isto porque os media sabem que o assunto não é pacífico e pode prejudicar o Primeiro Ministro. Não há limites para a pulhice dos jornalistas.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Vou voltar
Este vai ser um ano eleitoral muito interessante. Acho que vou voltar ao blog.
quinta-feira, junho 09, 2005
Ainda as declarações de Freitas do Amaral
Não é por teimosia minha, mas insisto em dizer que o Professor Freitas do Amaral não devia ter expresso posições pessoais contrarias às posições oficiais do Governo que integra e, particularmente, no seu próprio Departamento. Está a abrir o flanco a uma posição de fraqueza em futuras discussões. Mesmo que tenha tudo sido previamente combinado com José Socrates.
No entanto, não posso deixar de reconhecer razão ao apelo a uma discussão nacional sobre o designio europeu. Ele tem razão. É urgente fazer esta discussão sobre pena de os cidadãos se irritarem e fazerem descarrilar o comboio não por serem contra a direcção para onde vai mas só por serem contra a maneira como está a ser dirigido. Vejamos parte do Não francês.
No entanto, não posso deixar de reconhecer razão ao apelo a uma discussão nacional sobre o designio europeu. Ele tem razão. É urgente fazer esta discussão sobre pena de os cidadãos se irritarem e fazerem descarrilar o comboio não por serem contra a direcção para onde vai mas só por serem contra a maneira como está a ser dirigido. Vejamos parte do Não francês.
Lido no Expresso
O Expresso Online tem um interessante artigo de Jacques Attali sobre o referendo em França.
Foi escrito antes do 29 de Maio e é claramente pró-Sim. Mas não deve ser ignorado porque a sua analise é boa e o texto é simples. Escrito em portugês (foi traduzido) é do melhor que encontrei sobre o referendo hexagonal.
Foi escrito antes do 29 de Maio e é claramente pró-Sim. Mas não deve ser ignorado porque a sua analise é boa e o texto é simples. Escrito em portugês (foi traduzido) é do melhor que encontrei sobre o referendo hexagonal.
terça-feira, junho 07, 2005
O Senhor Professor não terá apanhado Sol a mais?
Atempadamente expressei a minha opinião que a escolha de Diogo Freitas do Amaral para MNE tinha sido um erro. Não tanto pelos méritos ou deméritos da pessoa mas pelas circunstancias que envolveram a nomeação que não podiam deixar de se prestar a leituras deselegantes e criticas fortes. Além do mais é publica a minha embirração com os ditos independentes.
No entanto, a critica que endereço ao MNE hoje, não decorre da anterior e é inteiramente motivada pelas recentes declarações a propósito do Tratado Constitucional Europeu. Uma vez mais não é spbre o mérito da posição (eu até concordo com ele) mas sim sobre a forma e a oportunidade politica. A um membro de um Governo é pedida solidariedade institucional com as posições do Executivo de que faz parte. Mais inaceitável é quando, mesmo que seja a titúlo pessoal, critica as posições assumidas em assuntos ligados à sua própria pasta. É abrir o flanco a todo o tipo de fraquezas negociais no futuro. Daqui para a frente podemos sempre, e com justa causa, perguntar se o Senhor Professor acha, pessoalmente ecom o intelecto brilhante que todos lhe reconhecemos, se a posição que está a defender é correcta ou não. Ou, igualmente mau, podemos perguntar se ele verificou bem com os seus colegas se aquilo que está a dizer é bem a posição do Governo de Lisboa em vez de ser a de alguém que está, obviamente fora de fase...
Já agora, e como já disse, espero que a posição oficial evolua para ser a mesma que a posição pessoal do Ministro. Mas parece pouco provavél. E é pena porque eu também acho que é estulticia votar um texto obviamente condenado a ser revisto e alterado. Sigamos os camaradas do Non de Gauche e comecemos a escrever o novo texto da futura Constituição.
No entanto, a critica que endereço ao MNE hoje, não decorre da anterior e é inteiramente motivada pelas recentes declarações a propósito do Tratado Constitucional Europeu. Uma vez mais não é spbre o mérito da posição (eu até concordo com ele) mas sim sobre a forma e a oportunidade politica. A um membro de um Governo é pedida solidariedade institucional com as posições do Executivo de que faz parte. Mais inaceitável é quando, mesmo que seja a titúlo pessoal, critica as posições assumidas em assuntos ligados à sua própria pasta. É abrir o flanco a todo o tipo de fraquezas negociais no futuro. Daqui para a frente podemos sempre, e com justa causa, perguntar se o Senhor Professor acha, pessoalmente ecom o intelecto brilhante que todos lhe reconhecemos, se a posição que está a defender é correcta ou não. Ou, igualmente mau, podemos perguntar se ele verificou bem com os seus colegas se aquilo que está a dizer é bem a posição do Governo de Lisboa em vez de ser a de alguém que está, obviamente fora de fase...
Já agora, e como já disse, espero que a posição oficial evolua para ser a mesma que a posição pessoal do Ministro. Mas parece pouco provavél. E é pena porque eu também acho que é estulticia votar um texto obviamente condenado a ser revisto e alterado. Sigamos os camaradas do Non de Gauche e comecemos a escrever o novo texto da futura Constituição.
segunda-feira, junho 06, 2005
Vergonha. Vergonha.
Saiu ontem de exibição uma peça de teatro chamada "Visitando Mr. Green" que esteve em cena no Tivoli. Eu assisti à ultima interpretação, levado no total desconhecimento do que ia assistir por uma pessoa com irrepreensivel gosto por Teatro e que se baseou no que pessoa amiga disse.
Foi assim que levado por um conselho de uma amiga de uma amiga me encontrei face a uma peça violentamente anti-semita da qual só não saí a meio por patetice minha e para não desagradar à minha companhia.
Peças como esta não tem lugar nos palcos de uma cidade que se pretende civilizada. Não defenderei a sua interditação porque tal seria contra a liberdade de expressão. Mas admito a minha vergonha pessoal por não ter tido a coragem de sair a meio, mais, de não ter desatado aos berros no meio da sala contra as impropriedades ditas no palco.
Vergonha. Vergonha. Titulei assim este post. Mas não é só a vergonha de quem leva tamanhas ofensas à cena, não é só a vergonha de as ver nos palcos da minha amada Lisboa; é, acima de tudo, a minha vergonha de ter ficado ali, impávido e sereno, até ao fim.
A Tolerancia e a Decencia tem limites e eu, mais por embaraço que por tolerancia, deixei que eles fossem ultrapassados. Não estou contente de mim mesmo. Vergonha. Vergonha. Vergonha.